Atualmente, entender o sucesso escolar, não é o mesmo que entendê-lo há décadas atrás. Para hoje entendermos o sucesso escolar, necessitamos de um novo olhar sobre os sujeitos em aprendizagem - um olhar mais holístico, mais sistémico e mais global. Também é entender que o sucesso pode e deve ser medido pelo nível de felicidade e satisfação que as crianças e jovens têm relativamente à aprendizagem e à vida.
O sucesso não pode ser medido apenas com recurso a uma avaliação quantitativa. As crianças e jovens não são as suas notas, nem os seus resultados. Os seus sucessos e/ou insucessos não podem, nem devem ser medidos pela capacidade de armazenamento e memória que utilizam durante uma prova.
Este novo olhar, obrigar-nos a alterar significativamente a forma de ensinarmos, isto porque hoje, mais do que nunca, são valorizadas as Aprendizagens Essenciais com base no Perfil do Aluno/a à Saída da Escolaridade Obrigatória e isso vem reforçar os 4 Pilares da Educação da UNESCO:
Aprender é mais do que ouvir e reproduzir, através da escrita, o que se ouve. Há uma urgência em transformarmos o velho modelo Instrucionista (em que a aprendizagem está centrada no professor), para o novo modelo – o da Aprendizagem e Comunicação (em que o centro é a relação professor-aluno). E é aqui que o Coaching Educativo surge como uma excelente ferramenta de transformação da educação e reconfiguração do perfil do/a professor/a.
O paradigma da Aprendizagem e Comunicação, vem reforçar a Pedagogia da Pergunta que nos sugeria Paulo Freire, uma vez que saber perguntar é uma arte e esta tem o dom de provocar, da parte do outro, a recuperação de informação, acesso a novos quadros de referência e recurso, acesso a novas estratégias e soluções, reforço das aprendizagens e da responsabilidade pessoal e permite ações e mudanças das circunstâncias que originam resultados indesejados.
Sócrates acreditava que todas as pessoas têm dentro de si a capacidade ou potencial suficiente para poderem descobrir as respostas por si mesmas. E é talvez esta a forma mais simples de olhar para o Coaching Educativo e, por conseguinte, para o papel do Coach-Professor.
O Coach-Professor, é aquele que, através de perguntas poderosas, é um guia, um tutor e um designer educacional. É aquele que proporciona a descoberta dos talentos, das habilidades, da compreensão do mundo, bem como a consciência de crenças pessoais (que limitam ou potenciam) as ações das suas crianças e jovens e é aquele que reconhece o poder e a importância da educação emocional na aprendizagem e o quanto as emoções estão inteiramente ligadas aos sucessos/resultados individuais de cada um.
Este novo professor, é aquele que não dando resposta, faz perguntas que convidam à pesquisa e à curiosidade (fomentando a autonomia), é aquele que potencia as capacidades e potencialidades dos vários sujeitos em aprendizagem e os apoia na definição de objetivos claros, mensuráveis, específicos, acionáveis, realistas e temporais. É aquele que acredita, tal como Sócrates, que as crianças e jovens têm dentro de si tudo o que necessitam para atingirem os seus sucessos/objetivos e de forma individualizada e não por comparação. É também aquele que promove o autoconhecimento e a reflexão crítica sobre o outro, o mundo e as coisas.
Portanto, a função primordial do Coaching Educativo é ajudar todos os que participam do processo de aprendizagem (incluindo o/a próprio/a professor/a) a ampliar a sua visão do mundo para que sejam capazes de observar as situações em que vivem e os acontecimentos que experimentam e possam tornar o mundo, num lugar melhor.
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