Reconhecendo as profundas mudanças nas políticas educativas que têm vindo a emergir no panorama nacional, tem-se vindo a assumir a relevância de uma ação preventiva e promotora do sucesso escolar, desde idades precoces.
O direito à educação é um direito humano reconhecido em diversas convenções internacionais, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Declaração dos Direitos da Criança (ONU,1959), na Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) e mais recentemente na Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (ONU, 2006). É necessário então fazer uma passagem do paradigma para um modelo educacional que assente na diversidade, na relação e na interação, na envolvência, na representação e na expressão, que são o que garante uma aquisição de conhecimento que respeita os estilos de aprendizagem dos alunos através da crença de que todos são capazes de aprender e de realizar, desde que recebam um ensino de elevada qualidade e o suporte adequado.
Em Portugal, e à semelhança do que acontece em outros países europeus, as políticas de educação procuram responder aos desafios das orientações internacionais. A OCDE, numa avaliação realizada em 2021 refere que o nosso país tem legislação sobre educação inclusiva "das mais abrangentes dos países da OCDE”, mas apresenta dificuldades na sua aplicação.
A Educação Inclusiva e a Educação Especial são dois conceitos distintos, mas intimamente relacionados, que têm como objetivo garantir que todos os estudantes tenham acesso a uma formação de qualidade. Enquanto a Educação Inclusiva foca na integração de todos os alunos, independentemente de suas capacidades ou necessidades especiais, a Educação Especial é um ramo da educação focado no atendimento de estudantes com necessidades educativas especiais.
A Educação Inclusiva é um modelo educacional que visa incluir todos os estudantes no mesmo ambiente de aprendizagem. Ela pressupõe a igualdade de oportunidades e a valorização das diferenças humanas, contemplando assim, as diversidades étnicas, sociais, culturais, intelectuais, físicas, sensoriais e de gênero dos seres humanos. O objetivo é fornecer uma formação que seja acessível e que permita a todos os alunos atingir seu pleno potencial.
O principal desafio da educação inclusiva é desenvolver uma pedagogia focada no aluno, onde diretores, coordenadores professores e profissionais especializados estejam alinhados em buscar de estratégias e soluções pedagógicas para receber os alunos com necessidade especiais ou não, e que todos tenham qualidade de acesso, permanência, respeito a diversidade e inclusão no ambiente escolar.
Por outro lado, a Educação Especial é voltada especificamente para o atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais, sejam elas cognitivas, motoras, sensoriais ou emocionais. Esta abordagem oferece programas educacionais e recursos adaptados, garantindo que esses estudantes tenham as ferramentas necessárias para uma formação de qualidade.
Ambas as abordagens, quando bem implementadas, podem trabalhar juntas para proporcionar uma formação completa e equitativa. A Educação Inclusiva beneficia da expertise e dos recursos da Educação Especial para tornar as salas de aula mais acessíveis, enquanto a Educação Especial pode ser mais eficaz quando os alunos estão integrados em ambientes mais diversificados e inclusivos.
Ao investir nesses modelos educacionais, estamos não só a beneficiar os alunos que necessitam de atenção especial, mas também a contribuir para a formação de uma sociedade mais inclusiva e empática.
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