Sismos: Como agir com Segurança antes, durante e após um sismo

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Sismos: Como agir com Segurança antes, durante e após um sismo

Saber o que fazer em todas as etapas de um sismo pode ser a diferença entre a vida e a morte. Descubra as melhores práticas de segurança sísmica e o papel essencial da formação na prevenção.

Os sismos são fenómenos naturais imprevisíveis que podem causar danos devastadores em segundos. 
 
Portugal, por se localizar numa zona sísmica ativa, não está imune a este tipo de catástrofe, o que torna essencial a preparação individual e coletiva. 
 
Nos últimos meses, a Península Ibérica tem sido palco de diversos abalos sísmicos, com particular incidência nas regiões de Lisboa e Sevilha - eventos que voltaram a acender os alertas. O terramoto sentido na província de Sevilha gerou inquietação entre os residentes do sul de Espanha, sentimento esse que rapidamente se estendeu à capital portuguesa. 
 
Perante este cenário, coloca-se uma questão inevitável: estarão Portugal e Espanha preparados para enfrentar um sismo de grande magnitude? Para muitos especialistas, essa possibilidade não está tão distante quanto se gostaria.
 
Saber o que fazer antes, durante e depois de um sismo pode ser a diferença entre a vida e a morte. Conheça as melhores práticas de segurança sísmica e o papel fundamental da formação na prevenção e resposta eficaz a este tipo de emergência.
 
 

Sismo: a explicação científica

 
 
Um sismo resulta da libertação súbita de energia no interior da Terra, que provoca vibrações na superfície. A sua intensidade pode variar desde pequenas oscilações até movimentos destrutivos que levam à ruína de edifícios, incêndios, cortes de energia, fugas de gás e até tsunamis.
 
Os riscos não se limitam ao momento do abalo: muitos acidentes ocorrem devido a más práticas de evacuação, desconhecimento das rotas de fuga e à ausência de planos de emergência atualizados. A sensibilização e a formação são, por isso, elementos indispensáveis para uma resposta mais eficaz.
 
 

Como agir Antes de um Sismo?

 
 
A prevenção começa muito antes de qualquer sismo. Preparar-se é um dever de todos, sejam cidadãos, empresas, municípios, instituições e serviços de emergência. Estas são algumas medidas essenciais:
 
• Elaborar e divulgar planos de evacuação;
• Identificar e reforçar estruturas vulneráveis em casa ou no local de trabalho;
• Fixar móveis e objetos pesados às paredes;
• Organizar simulacros regulares;
• Manter kits de emergência com água, alimentos, lanterna, rádio, medicamentos e documentos essenciais.
 
A educação para o risco sísmico deve começar desde cedo e envolver toda a comunidade.
 
 

O que fazer Durante um Sismo?

 
 
Durante um sismo, manter a calma e saber o que fazer é essencial. A regra de ouro é: Proteger, Aguardar e Aguardar novamente. Recomenda-se:
 
• Abaixar-se, proteger a cabeça e o pescoço debaixo de uma mesa resistente;
• Afastar-se de janelas, espelhos e objetos suspensos;
• Nunca utilizar elevadores;
• Se estiver no exterior, afastar-se de edifícios, postes ou árvores.
• Se estiver a conduzir, deve parar o veículo num local seguro e permanecer dentro dele até o sismo cessar.
 
 

E depois do Sismo?

 
 
Após o abalo principal, os riscos ainda não terminaram. Podem ocorrer réplicas, e é necessário agir com precaução. As orientações incluem:
 
• Sair dos edifícios com calma, utilizando as escadas;
• Evitar o uso de fontes de ignição (devido a possíveis fugas de gás);
• Verificar feridos e prestar primeiros socorros, se necessário;
• Seguir as indicações das autoridades e dos planos municipais de emergência;
• Não sobrecarregar as linhas telefónicas, usando-as apenas para emergências.
 
A coordenação com os serviços de proteção civil e socorro é fundamental neste momento.
 
 

O papel de cada profissional durante e após sismos

 
 
Durante e após um sismo, uma resposta eficaz depende da coordenação entre várias entidades e profissionais, cada um com responsabilidades específicas. Destacam-se:
 

1. Coordenador Municipal de Proteção Civil

 
O Coordenador Municipal de Proteção Civil é responsável pela ativação do Plano Municipal de Emergência. Garante a articulação entre os meios locais e nacionais, coordena os recursos disponíveis e ativa o Posto de Comando Operacional Municipal.
 

2. Serviços Municipais de Proteção Civil

 
Os Serviços Municipais de Proteção Civil executam as diretrizes do Coordenador Municipal. Avaliam danos imediatos, controlam acessos e apoiam as populações nas zonas afetadas.
 

3. Bombeiros

 
São os primeiros intervenientes no terreno. O seu papel passa pelo salvamento e resgate de vítimas, combate a incêndios provocados pelo sismo, transporte de feridos e avaliação de estruturas perigosas.
 

4. Forças de Segurança (PSP e GNR)

 
São responsáveis pela manutenção da ordem pública e segurança, o que inclui o isolamento de áreas de risco, controlo de tráfego, prevenção de saques, apoio à evacuação e localização de desaparecidos.
 

5. Equipas Médicas de Emergência (INEM)

 
As Equipas Médicas de Emergências são responsáveis pela prestação de primeiros socorros. Fazem a triagem de feridos, garantem a estabilização de vítimas e o transporte urgente para unidades hospitalares.
 

6. Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC)

 
A principal função da ANEPC é a coordenação nacional da resposta de emergência. São os responsáveis pela mobilização de recursos, apoio logístico e ligação entre diferentes níveis operacionais.
 

7. Engenheiros Civis e Técnicos Municipais

 
Os Engenheiros Civis e Técnicos Municipais são responsáveis pela avaliação de infraestruturas. Isso inclui a inspeção de edifícios e pontes, determinação da habitabilidade e emissão de pareceres técnicos.
 

8. Assistentes Sociais

 
Os Assistentes Sociais assumem um papel de relevância no apoio psicossocial e logístico à população. São responsáveis pela identificação de necessidades básicas (alojamento, alimentação, saúde), apoio a grupos vulneráveis, orientação sobre apoios sociais.
 

9. Psicólogos

 
Os Psicólogos de Emergência são os responsáveis pelo apoio psicológico às vítimas e socorristas. Assumem funções como intervenção em crise, gestão de stress agudo, apoio ao luto e acompanhamento pós-traumático.
 

10. Autoridades de Saúde Pública

 
Uma das principais funções das Autoridades de Saúde Pública é a prevenção de surtos e proteção sanitária. O seu papel passa pela monitorização da qualidade da água, controlo de doenças, vacinação, avaliação de riscos ambientais.
 

11. Organizações Humanitárias (ex: Cruz Vermelha Portuguesa, Cáritas)

 
Organizações Humanitárias, como a Cruz Vermelha Portuguesa ou a Cáritas, assumem o papel fundamental de suporte humanitário. Tratam da distribuição de bens essenciais, apoio à reinstalação de famílias, coordenação de voluntários, entre outras funções.
 
 

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