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Ansiedade Patológica e Ansiedade Normal - Como diferenciar?
Ansiedade é um termo geral para vários distúrbios que causam sintomas como nervosismo, medo, apreensão e preocupação e insegurança.
A ansiedade é uma reação que todo indivíduo experimenta diante de algumas situações do dia-a-dia, como falar em público, expectativa para datas importantes, entrevistas de emprego, vésperas de provas, exames de saúde entre outras. Contudo, algumas pessoas vivenciam esta reação de forma mais frequente e intensa, que pode ser considerada patológica e comprometer a saúde emocional. Ao longo do tempo, fomos ocupando e construindo espaços urbanos e ficamos menos expostos aos riscos e ameaças, à medida em que as sociedades se desenvolveram no âmbito econômico e social, até chegarmos ao nosso contexto atual. Contudo, este mecanismo de defesa continua a ser acionado sempre que ficamos diante de alguma situação de surpresa ou de uma expectativa de futuro, devido ao medo do desconhecido.
A ansiedade é considerada normal quando tem uma causa aparente, dura pouco tempo e não exige um esforço intenso para que seja capaz de controlá-la e superá-la. Em contrapartida, quando se repete constantemente e é gerada por um turbilhão de pensamentos intrusivos e negativos (chamamos isto de catastrofização), o seu corpo entende que você deve ficar em estado de alerta para se proteger daquilo que está por vir. Todo o stress gerado pelo excesso de ansiedade concebe uma série de manifestações físicas. Note que sempre que tem uma ansiedade forte é comum ter suor excessivo, tremores, palpitações, sensação de falta de ar, batimentos do coração acelerados, euforia e irritabilidade.
Chamamos estes episódios de crises de ansiedade, ou seja, acontece quando a sua ansiedade se manifesta de forma intensa e repentina. Um quadro de ansiedade patológica traz prejuízos a longo prazo, como o estabelecimento de doenças psicossomáticas, aquelas que são geradas por problemas psicológicos não resolvidos.
É muito comum ir a um consultório médico com uma queixa de dor física e depois descobrir que o problema é psicológico. Muitas pessoas espantam-se quando descobrem que a origem de problemas como: doenças de pele, gastrite e úlcera, por exemplo, são desencadeados devido a ansiedade excessiva. Além disso, um transtorno de ansiedade pode abrir espaço para o estabelecimento de um quadro de depressão. Muitos pacientes, ficam extremamente desgastados por não conseguir lidar com a ansiedade e acabam por entrar num quadro depressivo.
Aprendemos a controlar a ansiedade quando descobrimos os gatilhos emocionais. Desse modo, uma das melhores ferramentas atuais para lidar com os momentos ansiosos é a psicoterapia.
É possível identificar gatilhos por conta própria ou com o terapeuta. Às vezes, podem os caminhos são óbvios, como o consumo excessivo de cafeína, álcool ou tabaco. Outras vezes, podem ser menos óbvios. Eventualmente, problemas de longo prazo como dificuldades financeiras ou relacionadas ao trabalho podem levar algum tempo até serem descobertos.
A ansiedade pode atingir indivíduos de qualquer idade e sexo, inclusivamente crianças (ansiedade infantil).
Os dados mais recentes da OMS estimam que existam cerca de 264 milhões de pessoas a sofrer de ansiedade em todo o mundo e indicam que as perturbações de ansiedade são mais frequentes no sexo feminino, embora também afetem homens. É particularmente importante estar atento aos sinais das crianças, visto que nestas, quando ainda têm poucos meses ou anos e não conseguem exprimir de forma clara o que estão a sentir, a ansiedade pode manifestar-se através de birras ou choro.
Os estudos acerca do tema demonstram que a linha cognitiva é a mais indicada para a prevenção e tratamento dos transtornos de ansiedade. Nas TCCs, trabalha-se em conjunto com o paciente para reconhecer os gatilhos emocionais e a origem de pensamentos e crenças que corroboram para a manutenção da ansiedade, agindo diretamente no que chamamos de distorções cognitivas, que são padrões de pensamentos e crenças distorcidas da realidade, a fim de que o paciente possa identificá-las sempre que eles surgirem e assim corrigi-las cada vez mais rápido, obtendo maior domínio sobre elas e oferecendo novos significados e novas posturas e atitudes frente aos conflitos.
Por este motivo que a terapia cognitiva é “psico-educativa”, ou seja, ela ensina o paciente a compreender o que acontece no organismo, como acontece, por que acontece e o mais importante, como este paciente pode resolver todos os problemas envolvidos.
Para que um paciente possa adotar estratégias de coping, o protocolo adotado para casos de ansiedade patológica varia de acordo com o tipo de ansiedade (por isto, a necessidade do diagnóstico).
Um paciente com caso de fobia, além do treino cognitivo, para identificar pensamentos e crenças envolvidas no transtorno, é feito a exposição gradual ao medo, em pequenos passos até atingir o seu objetivo, já no caso da síndrome do pânico, o paciente é estimulado a retirar o foco dos sintomas até que possa acalmar e situar-se novamente no ambiente. Estes são algumas das metodologias utilizadas nas Terapias Cognitivo Comportamentais. Caso procure formação para intervir da melhor forma na ansiedade perante os seus clientes, o instituto CRIAP possui a Especialização Avançada em Terapias Cognitivo-Comportamentais onde consegue explorar vários tipos de transtorno comportamental incluindo a ansiedade patológica. Pode também assistir ao nosso Webinar Psicoterapias: o estado da arte e os desafios onde estivemos à conversa com Dr. Telmo Mourinho Baptista primeiro bastonário da OPP.
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