Hiperatividade com Défice de Atenção

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Hiperatividade com Défice de Atenção

A Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) é uma perturbação neurocomportamental que engloba três sintomas principais: desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade.

Esta perturbação é frequentemente diagnosticada em idade escolar, o que não significa que a doença se manifeste apenas nessa altura. A importância de um diagnóstico precoce a par de uma terapêutica eficaz, é a possibilidade de o individuo restabelecer totalmente as suas capacidades.

 As crianças que sofrem com PHDA demonstram uma grande dificuldade em inibir e adequar o seu comportamento aos diferentes contextos do dia a dia. Tal dificuldade está etiologicamente ligada às alterações neurobiológicas e a défices neurocognitivos.

 

Hiperatividade - Principais sintomas

 

Existem alguns sinais aos quais devemos estar atentos, que apesar de não constituírem um diagnóstico, podem ser considerados sintomas de PHDA:

 

No défice de atenção:

  • Grande dificuldade em manter-se atento aos estímulos que interessam e de ignorar os que não interessam;
  • Resistência em iniciar atividades que requerem concentração;
  • Interrupções frequentes;
  • Desorganização;
  • Dificuldade de concentração.

 

Na hiperatividade:

  • Complexidade em permanecer sentado e sossegado;
  • Demasiada atividade motora;
  • Necessidade de estar em movimento.

 

Na impulsividade:

  • Dificuldade em controlar impulsos;
  • Dificuldade em aguardar pela sua vez;
  • Dificuldade em medir consequências, passando rapidamente ao ato.

 

 

Possíveis Causas - Hiperatividade e Défice de Atenção

 

Um “padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento e no desenvolvimento”. (DSM V, 2014 – p. 59).

As causas podem ser multifatoriais:

  • Hereditariedade substancial;
  • Parentes biológicos em primeiro grau com o transtorno;
  • Problemas na gravidez ou parto;
  • Correlação com tabagismo na gestação;
  • Exposição a determinadas substâncias (neurotoxinas, chumbo);
  • Infeções (encefalite);
  • Exposição ao álcool;
  • Deficiências auditivas;
  • Anormalidades metabólicas;
  • Transtorno do sono;
  • Deficiências nutricionais devem ser consideradas influências possíveis sobre o sintoma da PHDA.

 

O Papel dos Intervenientes

 

Os profissionais especializados trazem alento à família no sentido de os ajudar a estabelecer regras, sistematizar treinos, exercícios e orientações para acompanhar a rotina académica.

O psicopedagogo está apto a identificar as causas e então sugerir formas de intervenção aos professores e aos pais. A posição deste profissional é de empatia com o aluno, pais e professores.

O psicólogo está apto a identificar as fases do desenvolvimento do individuo, capacidades e habilidades cognitivas, nível de inteligência, interação social e potencial de motivação.

Os professores são responsáveis por moldar a aprendizagem, uma vez que possuem as competências e as ferramentas para inserção desse aluno no contexto de aprendizagem e de integração social.

À família cabe orientação sobre regras, o apoio emocional, o modelo, a intermediação com as entidades de aprendizagem, ajudando-o, assim, a fazer a leitura do mundo.

 

 

Estratégias para ajudar o seu filho hiperativo

 

Com crianças com hiperatividade, é importante estabelecer regras e assegurar-se que as mesmas foram corretamente entendidas.

A Associação Portuguesa da Criança Hiperativa (APCH) aconselha o seguinte:

  • Quando falar com a criança, tenha a certeza de que ela está com o foco em si, olhando-a nos olhos;
  • Estabeleça horários regulares para acordar, fazer refeições, brincar, jogar, fazer os trabalhos de casa, ver televisão e ir para a cama;
  • Seja positivo, indicando à criança o que ela deve fazer, e não o que não deve fazer.

 

Quais os melhores métodos educativos:

 

O aluno precisa de ter um horário específico para que possa rever o conteúdo estudado na escola, sob orientação dos pais e/ou do psicopedagogo. Estes devem procurar que o aluno tenha o material disponível e organizado na hora de estudar e identificar quais os pontos fortes e os pontos fracos em relação aos conteúdos aprendizados. É fundamental que os pais mantenham um bom relacionamento com professores e orientadores escolares de forma a que possam trabalhar em conjunto. Tanto na escola como em casa deve-se trabalhar a autonomia do aluno, mantê-lo informado sobre o seu diagnóstico e como superar as dificuldades.

 

 

 

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