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O que é Mindfulness?
Mindfulness, ou Atenção Plena - é um estado onde treinamos qualidades de atenção ao momento presente e autocompaixão com experiências desafiadoras. Através do treino de mindfulness aprendemos a perceber pensamentos, sensações corporais e emoções
O mindfulness assenta no princípio de uma atenção profunda na respiração. É através desta atenção que se consegue uma maior concentração no momento. A partir daqui evolui para o foco em pensamentos, sentimentos e sensações associados ao presente, sem julgamentos.
“A maioria do que conhecemos atualmente como mindfulness tem a sua origem no budismo”, escreve Vasco Gaspar no livro Aqui e Agora. Embora a técnica seja milenar, a sua introdução recente na sociedade ocidental deve-se em particular a uma pessoa: Jon Kabat-Zinn. Doutorado em Biologia Molecular pelo MIT, foi num retiro que percebeu que a meditação poderia ser usada sem qualquer componente religiosa. Pegando nesse pressuposto, desenvolveu o programa MBSR — Mindfulness Based Stress Reduction (redução de stress baseada em atenção plena) que viria a revolucionar a forma como o mindfulness é visto. “Todos os ramos que ouvimos falar de mindfulness têm este tronco em comum, ainda que depois do programa tenham surgido mais ramificações. Mas foi Jon Kabat-Zinn que começou por ligar a ciência ao mindfulness“, esclarece o autor.
O mindfulness pode ser praticado de duas formas, formal ou informalmente. A primeira diz respeito à meditação, ainda que não seja preciso cruzar as pernas ou pôr as mãos ao nível do peito. Na verdade, não tem que ver necessariamente com o estar focado, basta fazer o esforço da atenção plena, deixando os pensamentos fluir durante alguns minutos e em silêncio. A meditação é como ir ao ginásio. São práticas artificiais, para cultivar, coisas que não fazemos no nosso dia a dia.
1- Escolha um local calmo
É essencial praticar mindfulness num espaço que seja sinónimo de tranquilidade.
2- Determine um tempo de exercício
Se está a começar, não exceda os 5 ou 10 minutos de prática. Com a experiência pode ir aumentando a duração do exercício.
3- Observe o seu corpo
Escolha uma posição que lhe seja confortável, seja, por exemplo, sentado numa cadeira ou no chão, e observe-se.
4- Sinta a sua respiração
Deixe-se levar pela cadência da respiração durante os movimentos de expiração e inspiração.
5- Deixe a mente fluir
Enquanto se deixa absorver pelos movimentos respiratórios, foque a sua atenção inteiramente nesse exercício. Enquanto isso acontece, deixe a mente fluir e concentre-se nos seus pensamentos sem qualquer tipo de autojulgamento. Lembre-se: aquilo que realmente interessa é (re)concentrar-se no momento presente.
Ao trabalhar a consciência metacognitiva, o mindfulness permite alcançar um conjunto de estratégias que permitem um maior equilíbrio físico e emocional. Antes de mais, o mindfulness não pode ser tido como uma panaceia, isto é, um pretenso remédio universal para todos os males do mundo. No entanto, a sua prática não impede de se obter maior clareza e capacidade de lidar com as diferentes adversidades que vão surgindo ao longo da vida.
1. Torna o pensamento mais positivo
Alguns estudos provaram que a prática do mindfulness ajuda a contrariar a perpetuação de pensamentos negativos e estados depressivos.
2. Reduz o stress e a ansiedade
De acordo com algumas pesquisas, terapias com base no mindfulness podem ser úteis na alteração de processos afetivos e cognitivos que fundamentam problemas clínicos como o stress e a ansiedade.
3. Reforça a capacidade de memória
O hábito da meditação e mindfulness exercita positivamente a capacidade de memória, conclui um estudo.
4. Potencia o foco
A prática da atenção plena está diretamente correlacionada com a flexibilidade cognitiva e o funcionamento assertivo da atenção.
5. Aumenta a ponderação
Um estudo concluiu que o mindfulness pode diminuir a reatividade emocional e ajuda a libertar de imagens emocionalmente perturbadoras, permitindo uma melhor capacidade cognitiva.
6. Cresce a flexibilidade cognitiva
Uma pesquisa sublinhou que os praticantes de atenção plena desenvolvem a habilidade de auto-observação. Esta capacidade contribui para uma maior relevância do momento presente.
7. Contribui para fortalecer as relações
Praticar mindfulness aumenta a consciencialização interpessoal e ajuda a ultrapassar e a reagir melhor ao stress dos relacionamentos e a comunicar melhor as emoções com o parceiro.
8. Protege o organismo
O hábito de seguir o mindfulness ajuda a equilibrar a pressão arterial, a reduzir o nível de açúcar no sangue e a proteger a saúde cardíaca.
Se é verdade que o mindfulness já pisou o hall de entrada da ciência — com as áreas das neurociências ou da epigenética a servirem de exemplos, o mesmo se pode dizer tendo em conta muitos outros setores da vida em sociedade, tais como:
O Mindfulness também já chegou ao Instituto CRIAP, através do nosso Webinar Mindfulness como ferramenta terapêutica, onde vamos estar à conversa com a Professora Sónia Gregório, Psicóloga Clínica e da Saúde e Especialista avançada em Psicoterapia, que se tem dedicado nos últimos anos exclusivamente ao Mindfulness, conta com experiencia na implementação de programas de mindfulness com crianças, adolescentes, adultos, famílias e em contexto empresarial.
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