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Psicologia, o que é?
A palavra Psicologia vem do grego psico (alma ou atividade mental) e logía (estudo). Esta é, por isso, a disciplina que analisa as três dimensões desses processos: cognitiva, afetiva e comportamental.
Ao longo dos anos, o significado da palavra Psicologia tem variado de acordo com as características dos seus autores. A definição mais comum de Psicologia é que é o estudo da mente. Contudo, esta caracterização coloca a questão de saber-se o que é a mente para que a definição seja inteligível. Alguns preferem referir-se a uma vida mental, um conceito aparentemente menos estático do que mente. Outros, afirmam ser a Psicologia o estudo do comportamento. Essa definição, como as anteriores, antes de explicar algo, levanta a necessidade de outra definição; neste caso, a definição de comportamento.
Com ênfase na filosofia, as origens da psicologia remontam à Grécia Antiga, entre os anos de 400 a 500 a.C, sendo que os desenvolvimentos mais avançados nessa área ocorreram nos últimos 150 anos.
William James, filósofo e psicólogo americano, foi o primeiro intelectual a oferecer um curso de psicologia nos Estados Unidos e desenvolveu uma abordagem que veio a ser conhecida como funcionalismo. Nela, argumentou que a mente está em constante mudança e que, por isso, é inútil procurar os blocos de construção da experiência.
Já no século XIX, Wilhelm Wundt, médico, filósofo e psicólogo alemão, apresentou uma teoria conhecida como estruturalismo, uma vez que utilizava métodos experimentais para encontrar os blocos básicos de construção (estruturas) de pensamento e investigar como eles interagiam. Para fazer isso, ele estudou sensação e perceção, observações de objetos, imagens e eventos dos participantes. Mais tarde, ele adaptou e desenvolveu um processo chamado introspeção para inferir mais sobre a natureza dos processos envolvidos.
Num dos seus livros, Wundt refere que, "na psicologia, somente os fenómenos mentais que são diretamente acessíveis às influências físicas podem ser tomados como objetos de experimento. Nós não podemos aplicar o experimento sobre a mente, mas somente sobre as suas atividades externas, os órgãos dos sentidos e movimentos que são funcionalmente relacionados aos processos mentais".
Para o autor, entendida como a “ciência empírica da experiência imediata” (WUNDT, 1897, p. 6), o objetivo da Psicologia seria investigar a interconexão dos conteúdos dessa experiência, mediante a observação e o experimento.
A Psicologia é o estudo de todos os aspetos do comportamento e processos mentais. A psicologia estuda a mente do ser humano e como a atuação dela pode influenciar no comportamento e abrange os aspetos que vão desde o desenvolvimento infantil até a terceira idade.
A metodologia de estudo da psicologia divide-se em duas grandes áreas: a que entende esta disciplina como uma ciência básica ou experimental e a que procura compreender o fenómeno psicológico mediante metodologias que ajudem a interpretar os processos. A psicologia também se pode dividir em psicologia básica, cuja sua função consiste em gerar novos conhecimentos no que diz respeito aos fenómenos psicológicos e em psicologia aplicada, que tem como objetivo a solução de problemas práticos.
Relativamente à definição de psicólogo, podemos referir que estas são as pessoas que estudam o comportamento humano sob o prisma científico e que conseguem trabalhar em diferentes áreas dentro da psicologia, atuando de forma neutra e imparcial, com o objetivo de ajudar seus pacientes em seu desenvolvimento, através das mudanças de crenças e comportamentos nocivos.
Qualquer tentativa de explicar porque razão os seres humanos pensam e se comportam de uma determinada maneira está ligada a um ramo da psicologia. Estas são algumas das áreas de atuação:
Promove a adaptação, ajuste e desenvolvimento pessoal. A psicologia clínica pode ajudar a compreender, prevenir e aliviar o sofrimento e promover o bem-estar e o desenvolvimento pessoal de um indivíduo.
A neuropsicologia cria uma ligação entre a estrutura e a função do cérebro em relação aos comportamentos e processos psicológicos. Pode ajudar a determinar se uma pessoa tem probabilidade de apresentar problemas comportamentais após uma lesão cerebral suspeita ou diagnosticada.
Ramo da psicologia que trata das questões psíquicas de crianças. Investiga e analisa o comportamento dessa faixa etária. O estudo inclui questões de cognição, de perceção, de aflições emocionais, das condições sociais e até mesmo físicas.
Envolve a aplicação da psicologia à investigação criminal e à lei. Um psicólogo forense utiliza a psicologia como uma ciência dentro do sistema de justiça criminal e dos tribunais civis. Envolve avaliar os fatores psicológicos que podem influenciar um caso ou comportamento e apresentar os factos em tribunal.
Procura explicar como sentimentos, comportamentos e pensamentos são influenciados pela presença real, imaginada ou implícita de outras pessoas. A perceção social e a interação social são vistas como fundamentais para entender o comportamento social.
Estuda as mudanças psicológicas sistemáticas que uma pessoa experimenta ao longo da vida, muitas vezes referida como desenvolvimento humano, passando pela infância até à idade adulta.
Todos estes ramos da psicologia têm uma coisa em comum: explicar o comportamento dos indivíduos com base no funcionamento da mente. A Psicologia e as suas vertentes não podem ser dissociadas do binómio mente-comportamento e da interdependência entre ambos.
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