A Realidade persistente da violência contra as mulheres

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A Realidade persistente da violência contra as mulheres

A violência contra as mulheres permanece como uma das mais graves violações dos direitos humanos em todo o mundo. Não obstante os esforços contínuos para combatê-la, os dados estatísticos revelam uma realidade sombria que persiste através de fronteiras, culturas e economias.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 em cada 3 mulheres em todo o mundo (cerca de 35%) já sofreu violência física e/ou sexual por um parceiro íntimo ou violência sexual por um não-parceiro em algum momento da sua vida. Estas estatísticas alarmantes revelam que a violência de gênero é uma epidemia global que afeta milhões, independentemente da nacionalidade ou do status económico.

 

Impacto da violência doméstica

 

Dados indicam que a violência doméstica representa a forma mais comum de abuso contra as mulheres. Relatórios apontam que, em alguns países, até 70% das mulheres já experienciaram violência física e/ou sexual por um parceiro íntimo. A violência doméstica não só tem consequências físicas e psicológicas graves para as vítimas, mas também um impacto significativo na saúde pública e na economia, com custos que podem alcançar entre 1,2% a 3,7% do PIB global, segundo a ONU Mulheres.

 

 

Violência sexual

 

A violência sexual é outra forma alarmante de abuso. A OMS estima que cerca de 120 milhões de meninas em todo o mundo (cerca de 1 em cada 10) foram forçadas a ter relações sexuais ou a realizar outros atos sexuais em algum ponto das suas vidas. Estes números sublinham a urgência de programas de prevenção e apoio às vítimas.

 

 

Femicídio

 

O femicídio, o assassinato de mulheres por razões associadas ao seu gênero, é uma realidade chocante. A ONU Mulheres estima que, diariamente, 137 mulheres são mortas por membros da sua própria família em todo o mundo, evidenciando a letalidade extrema da violência de género.

 

A erradicação da violência contra as mulheres exige ação coletiva e o fortalecimento de políticas públicas. Iniciativas como a campanha da ONU "UNiTE para acabar com a violência contra as mulheres", lançada em 2008, e a implementação de leis e regulações mais rígidas são passos cruciais. Além disso, a formação e a sensibilização do público em geral, a educação de jovens e a promoção da igualdade de gênero são fundamentais para mudar as atitudes sociais e culturais que perpetuam a violência.

 

Os dados estatísticos sobre violência contra as mulheres são um lembrete pungente da persistência deste problema global. A formação contínua e o engajamento de todos os setores da sociedade são necessários para alterar as estatísticas sombrias que atualmente definem a experiência de inúmeras mulheres. É uma questão de urgência moral e social que exige nossa atenção e ação imediata.

 

 

 

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